Sargento mulher denuncia anos de assédio sexual por superior no Exército
POLICIAL
Publicado em 16/05/2024

Durante os anos de 2017 a 2020, na Base Administrativa do Comando de Comunicações e Guerra Eletrônica do Exército, em Brasília (DF), a Sargento J.G.P. foi alvo de assédio por parte do Major M.E.B. por quase três anos. O assédio incluía convites para encontros em motéis e brincadeiras de teor sexual. Ao recusar as investidas do Major, a sargento passou a ser tratada de maneira mais severa, sendo frequentemente constrangida, assim como suas colegas de trabalho.

A sargento enfrentou uma situação extremamente delicada, optando por não compartilhar suas dificuldades com o marido por medo de sua reação, o que a levou a suportar o sofrimento em silêncio. Vestir o uniforme para ir ao quartel se tornou um desafio intransponível.

Em busca de ajuda, a sargento procurou assistência médica e foi diagnosticada com episódios depressivos graves (CID F32.3), ansiedade generalizada (CID F41.1) e estado de estresse pós-traumático. Encorajada pelo psiquiatra militar, ela buscou ajuda jurídica, e os advogados do Escritório Januário Advocacia representaram-na perante o Ministério Público Militar.

A promotora militar Ana Carolina Scultori da Silva Teles concluiu, na ocasião, que os eventos não configuravam conduta criminosa por parte do Major, resultando no arquivamento da Notícia de Fato nº 210.202.000102. No entanto, os advogados da sargento discordaram dessa decisão e recorreram à Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Militar. A Procuradora de Justiça Militar Maria Ester Henriques Tavares analisou o recurso e determinou a abertura do Inquérito Policial Militar.

 
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