O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) aceitou a ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) contra o ex-vereador de Caldas Novas Rafael Pereira de Moraes Silva. Segundo o promotor de Justiça Francisco Borges Milanez, o ex-parlamentar teria se apropriado, de forma reiterada, de parte dos salários de servidores comissionados de seu gabinete, entre 2017 e 2020, no esquema conhecido como rachadinha.

A investigação, iniciada em 2019, reuniu depoimentos, extratos bancários, conversas por aplicativos e gravação em vídeo, além de análise financeira que indica movimentação superior a R$ 180,5 mil supostamente desviados.

O MPGO pede a condenação por improbidade administrativa, com devolução dos valores, suspensão dos direitos políticos por até 10 anos, multa civil e proibição de contratar com o poder público pelo mesmo período.

Defesa nega e fala em perseguição política

Rafael Pereira nega todas as acusações. Em entrevista recente, afirmou que é alvo de uma retaliação articulada pelo ex-prefeito Evandro Magal, a quem denunciou em 2018. Segundo ele, gravações anexadas ao processo mostrariam um aliado do ex-prefeito descrevendo o suposto plano para prejudicá-lo.

O ex-vereador também questiona a legitimidade de alguns denunciantes e diz ter “tranquilidade absoluta” quanto à própria inocência:
“Nunca pratiquei rachadinha. Tenho áudios, mensagens e informações bancárias que comprovam isso”, declarou.